sábado, 13 de dezembro de 2025

Nobel da Paz 2022 entre 123 prisioneiros libertados na Bielorrússia



Os ativistas bielorrussos Ales Bialiatski, Nobel da Paz 2022, e Maria Kolesnikova foram libertados da prisão, anunciaram organizações de direitos humanos, após o Presidente ter autorizado a libertação de 123 prisioneiros, em troca do levantamento de sanções norte-americanas.

A libertação dos detidos foi avançada pela agência estatal Belta, uma informação já confirmada pela oposição e por grupos de defesa dos direitos humanos, como a organização não-governamental (ONG) Viasna.

Pouco antes de ser conhecida a decisão de Lukashenko, os Estados Unidos anunciaram que vão levantar algumas sanções comerciais contra a Bielorrússia, nomeadamente ao sector do potássio, no mais recente sinal de alívio das relações entre Washington e a isolada autocracia.

Lukashenko perdoou "123 cidadãos de diferentes países" após estas discussões com os Estados Unidos, anunciou a conta Poul Pervogo, afiliada à presidência bielorrussa, na plataforma Telegram, sem fornecer os nomes dos libertados.

O enviado especial dos EUA para a Bielorrússia, John Coale reuniu-se na sexta-feira e hoje com o líder autoritário do país, Alexander Lukashenko, para conversações na capital bielorrussa, Minsk.

Aliada próxima da Rússia, a Bielorrússia enfrenta há anos isolamento e sanções ocidentais.
Lukashenko governa a nação de 9,5 milhões de habitantes com mão de ferro há mais de três décadas, e o país tem sido repetidamente sancionado por países ocidentais, tanto pela sua repressão aos direitos humanos como por permitir que Moscovo utilizasse o seu território na invasão da Ucrânia em 2022.

A Bielorrússia, que procura melhorar as relações com Washington, libertou centenas de prisioneiros desde julho de 2024.

Ecologia espiritual: uma nova visão para a conservação da natureza

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Introdução
A ecologia espiritual tem vindo a ganhar relevância no debate ambiental contemporâneo, ao propor uma ligação profunda entre o ser humano e a Terra. Mais do que uma abordagem científica, trata-se de uma visão que integra ética, cultura, espiritualidade e ecologia. Num momento marcado por crises climáticas, perda de biodiversidade e degradação dos ecossistemas, esta perspetiva convida a repensar a relação humana com o planeta.

Este artigo tem como objetivo explorar os fundamentos conceptuais da ecologia espiritual, identificar os seus principais pensadores e avaliar a forma como esta perspetiva contribui para práticas e políticas de conservação da natureza.

A essência da ecologia espiritual
A ecologia espiritual parte da ideia de que a natureza possui valor intrínseco, independentemente da sua utilidade para a humanidade. Inspirada em tradições ancestrais e em contributos da ecologia profunda, esta visão realça três princípios fundamentais:
  • Interdependência entre todos os seres vivos;
  • Valor intrínseco da Terra como comunidade de vida;
  • Transformação ética e espiritual para enfrentar a crise ecológica.
Pensadores que moldaram esta abordagem
Vários autores contribuíram para consolidar a ecologia espiritual:
  1. Arne Næss, filósofo da ecologia profunda, defendeu uma mudança do antropocentrismo para uma visão ecocêntrica.
  2. James Lovelock e Lynn Margulis, com a Hipótese Gaia, mostraram a Terra como sistema vivo e autorregulado.
  3. Thomas Berry, historiador cultural, apelou à criação de uma nova narrativa cosmológica capaz de reconectar humanidade e planeta.
  4. Joanna Macy articula espiritualidade e ativismo ambiental em processos de reconexão com a vida.
  5. Vandana Shiva destaca o valor das cosmologias indígenas e ecofeministas na proteção dos ecossistemas.
  6. Seyyed Hossein Nasr lembra que a crise ecológica também é uma crise espiritual da modernidade.
  7. A espiritualidade franciscana, atualizada na Laudato Si’, reforça a ideia de “casa comum”.
Um impacto visível na conservação da natureza
A ecologia espiritual contribui para a conservação de várias formas:
Motiva comportamentos ambientais mais profundos e duradouros, baseados no cuidado e não apenas na gestão técnica.
Valoriza saberes ecológicos tradicionais, que têm protegido florestas, rios e territórios ao longo de séculos.
Influência narrativas ambientais globais, reforçando a ética da responsabilidade e do cuidado planetário.

Conclusão
A ecologia espiritual não substitui a ciência ecológica, mas amplia-a, oferecendo novas linguagens, valores e horizontes de sentido. Num tempo de grandes desafios ambientais, esta perspetiva pode ajudar a construir culturas de cuidado e práticas de conservação mais integradas, participativas e transformadoras. Ao reconectar o ser humano com a Terra, abre caminho para uma verdadeira mudança civilizacional.

Referências bibliográficas
  1. Berry, T. (1999). The Great Work: Our Way into the Future. Bell Tower.
  2. Lovelock, J. (2000). Gaia: A New Look at Life on Earth. Oxford University Press.
  3. Macy, J., & Brown, M. Y. (2014). Coming Back to Life: The Updated Guide to the Work That Reconnects. New Society Publishers.
  4. Margulis, L. (1998). Symbiotic Planet: A New Look at Evolution. Basic Books.
  5. Næss, A. (1989). Ecology, Community and Lifestyle. Cambridge University Press.
  6. Nasr, S. H. (1968). Man and Nature: The Spiritual Crisis of Modern Man. Allen & Unwin.
  7. Pope Francis. (2015). Laudato Si’: On Care for Our Common Home. Vatican Press.
  8. Shiva, V. (2016). Earth Democracy: Justice, Sustainability, and Peace. North Atlantic Books.

Eva Lászlóné Wágner


Eva Lászlóné Wágner (pintora Húngara, nascida em 1956)

O trabalho artístico de Eva Wágner caracteriza-se principalmente pela pintura a óleo, embora também utilize acrílico. O seu repertório temático é amplo e diversificado, abrangendo composições figurativas, influências cubistas, ícones religiosos e paisagens.

Nos últimos anos, a artista evoluiu para uma expressão mais impressionista e abstrata, na qual combina referências realistas com uma interpretação contemporânea e emocional. 

As suas obras exploram cores intensas, forte dinamismo expressivo e composições abertas, convidando o observador a uma leitura subjetiva e sensível da pintura.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Bev Jozwiak


Bev Jozwiak (pintora e aquarelista, EUA, nascida em 1953)
É uma artista premiada internacionalmente e professora que ministra workshops de aquarela. 
Bev Jozwiak é conhecida por seu trabalho em aquarela figurativa, com um estilo que pode ser descrito como:
1. Directo e expressivo: aplica a tinta com pouca mistura na paleta, trabalhando diretamente no papel. 
2. Uso forte de cores e emoção: ela usa variações de cor mesmo em tons escuros para manter brilho e profundidade, e seleciona temas que evocam emoção e energia. 
A sua arte muitas vezes mostra um equilíbrio entre realismo e uma qualidade gestual/vibrante, característica apreciada em aquarelas contemporâneas figurativas.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Peter Singer- Libertação Animal

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Como muitos dos debates internacionais que animam a opinião pública, as universidades e os intelectuais dos países mais desenvolvidos, o problema dos direitos dos animais tem passado despercebido em Portugal. Temos até o caso de Barrancos a lembrar-nos até onde a crueldade portuguesa pode ir em nome da tradição (como se qualquer tradição, só por ser uma tradição, devesse ser respeitada — afinal, também a escravatura era uma tradição milenar e foi abandonada). Com a publicação em Portugal da obra Libertação Animal, de Peter Singer, a Via Óptima vem dar aos portugueses a possibilidade de participar no debate internacional de ideias e de repensar algumas das suas convicções mais enraizadas. Esta obra foi originalmente publicada em 1975 e foi responsável pela vitalidade dos mais importantes movimentos em prol dos direitos dos animais. A edição a que agora temos acesso em português, traduzida por Maria de Fátima St. Aubyn, é a edição revista de 1990.

O livro tem 6 capítulos, dois prefácios (referentes às edições de 1975 e de 1990), três apêndices e várias fotografias ilustrativas do modo como os animais são tratados. Os apêndices apresentam uma útil bibliografia comentada, indicações que ajudam a viver sem pactuar com a crueldade para com os animais, e ainda uma listagem de organizações que, um pouco por todo o mundo, lutam contra o modo como tratamos os animais. O editor português incluiu nesta lista, e bem, referências a organizações congéneres portuguesas.

O primeiro capítulo é semelhante ao capítulo 2 da obra Ética Prática e tem por título "Todos os animais são iguais". Trata-se de discutir a ideia de igualdade e de mostrar que restringir esta ideia aos seres humanos é uma forma de "especismo" — um preconceito indefensável e semelhante em tudo ao racismo. A ideia de igualdade é muitas vezes mal compreendida pelo grande público. Pensa-se que as mulheres e os negros ou os ciganos têm os mesmos direitos que as outras pessoas por serem iguais às outras pessoas. Mas isto esconde ainda uma forma de racismo e de sexismo. Em primeiro lugar, os homens são muito diferentes das mulheres: têm sexos diferentes. Mas daí não se segue que os direitos das mulheres se subordinem aos direitos dos homens. Em segundo lugar, é óbvio que há pessoas mais inteligentes que outras. Newton ou Einstein ou Descartes foram mais inteligentes do que a maior parte de nós; mas daí não se segue que tenham mais direitos do que nós. Em conclusão: não é por os ciganos, negros, etc. serem iguais aos outros seres humanos que têm os mesmos direitos. É verdade que são realmente iguais, em termos genéricos, nomeadamente quanto à inteligência; mas mesmo que não fossem, isso não determinaria que tivessem menos direitos. Afinal, um deficiente mental não tem a mesma inteligência de uma pessoa normal, mas não deve ser discriminada por isso.

Quando compreendemos a igualdade correctamente, compreendemos que é difícil não a alargar aos outros animais; discriminar com base na espécie é tão aleatório como discriminar com base na etnia ou no sexo. O que é moralmente relevante para ter direitos é a possibilidade de sofrer. Dado que os animais podem sofrer, têm direitos. No primeiro capítulo, Singer procura mostrar que a correcta compreensão da noção de igualdade implica que os animais têm direitos, respondendo a muitas das objecções que é comum levantar neste ponto do debate: será que os animais sofrem realmente, ou serão meros autómatos incapazes de sentir dor por não terem alma, como defendia Descartes? Será que faz sentido falar de direitos dos animais quando eles não têm sequer a noção do que é um direito? Singer responde com imparcialidade, rigor e bonomia a estas e outras objecções.

O segundo capítulo, intitulado "Instrumentos para a investigação" apresenta a realidade das experiências científicas com animais. Tanto este capítulo como o seguinte baseiam-se em ampla documentação. O autor conduziu uma investigação sobre o modo como os animais são usados na investigação científica — e os resultados são surpreendentes. A ideia que se tem geralmente é que as experiências com animais permitem avanços importantes em medicina, o que ajuda a salvar vidas humanas. Isto é falso. Grande parte das experiências científicas com animais são levadas a cabo por psicólogos que estudam o comportamento dos animais em situações anormais. Por exemplo: colocam um cão vivo numa espécie de forno, o qual aquecem lentamente até o cão morrer por ser incapaz de suportar o calor. Dão choques eléctricos a ratos e cães, para determinar como reagem a situações de dor permanente. Grande parte deste capítulo consiste em descrever experiências deste género, com base nos relatórios publicados nas revistas da especialidade.

Além de grande parte das experiências com animais levadas a cabo pelos cientistas ser perfeitamente irrelevante para o progresso do conhecimento, não é também verdade que algumas experiências sejam determinantes para salvar vidas humanas. Na verdade, nunca tal coisa aconteceu; e o contrário está mais próximo da verdade. Alguns avanços médicos cruciais que salvaram milhares de vidas jamais teriam sido alcançados caso se baseassem em experiências com animais: "a insulina pode provocar deformações em coelhos e ratos pequenos, mas não nos seres humanos. A morfina, que actua como calmante nos seres humanos, provoca delírios em ratos" (p. 53). E a penicilina é tóxica para os porquinhos-da-índia.

A maior parte das pessoas que defendem os direitos dos animais estarão dispostas a concordar com os argumentos do autor até chegarem ao capítulo 3, intitulado "Visita a uma unidade de criação intensiva". Neste capítulo descreve-se a forma como os animais que comemos são tratados pelas modernas unidades de criação intensiva e o sofrimento a que são sujeitos. E é aqui que começam as dificuldades para o defensor dos animais, pois agora não se trata só de uma opinião sobre coisas que não o afectam; para ser consequente, o defensor dos direitos dos animais terá de deixar de comer animais, dado que é o nosso gosto por carne e peixe que determina o modo como os animais são tratados. O modo como as galinhas, os porcos e as vacas são tratados nas unidades de criação intensiva é descrito de forma imparcial, com base nas revistas da especialidade.

Dada a forma como os animais são tratados para produzirem carne, ovos e leite, que pode o defensor dos direitos dos animais fazer para ajudar a resolver a situação? O tema do capítulo 4, "Ser vegetariano", defende um estilo de vida vegetariano como resposta a esta questão, para que o defensor dos direitos dos animais não seja hipócrita e inconsequente, defendendo com palavras o que contraria nos seus actos: "É fácil tomar posição acerca de uma questão remota, mas os especistas, como os racistas, revelam a sua verdadeira natureza quando a questão se torna mais próxima. Protestar contra as touradas em Espanha, o consumo de cães na Coreia do Sul ou o abate de focas bebés no Canadá enquanto se continua a comer ovos de galinhas que passam as suas vidas amontoadas em gaiolas, ou carne de vitelas que foram privadas das mães, do seu alimento natural e da liberdade de se deitarem com os membros estendidos, é como denunciar o apartheid na África do Sul enquanto se pede aos vizinhos para não venderem a casa a negros" (p. 152).

Surpreendentemente, há ainda outras razões para abandonar o consumo de carne. A produção intensiva de animais para abate é, em termos ecológicos, um disparate. "São necessários cerca de 11 kg de proteínas em ração para produzir o 1/2 kg de proteína que chega aos seres humanos. Recuperamos menos de 5 % daquilo que investimos" (p. 155). As fezes dos animais que são produzidos para abate contribuem em larga medida para o efeito de estufa; as urinas contaminam os solos e os lençóis subterrâneos de água. A água é consumida em grandes quantidades pelos animais para abate, contribuindo assim para o esgotamento progressivo das reservas de água potável. "A água necessária a um boi de 500 kg faria flutuar um contratorpedeiro" (p. 157). Os animais para abate são alimentados com rações que são produzidas a partir de cereais que os seres humanos podem consumir directamente, de forma muito mais vantajosa. "Se os americanos reduzissem o seu consumo de carne em 10 % durante um ano, libertariam pelo menos 12 milhões de toneladas de cereal, que […] seria suficiente para alimentar 60 milhões de pessoas" (p. 156).

O capítulo 5, intitulado "O domínio do Homem" procura dar conta das origens históricas do especismo. O pensamento grego, romano, islâmico e cristão é profundamente especista — coloca os animais fora da consideração moral, tratando-os como meros objectos inanimados. A ideia de ver um animal a sofrer e de explorar o seu comportamento nessa situação tem raízes antigas, subsistindo ainda nos dias de hoje em espectáculos como a tourada. Peter Singer acompanha a história do especismo, que começa a tornar-se cada vez mais difícil de sustentar, sobretudo depois de Darwin. Mas trata-se de um preconceito de tal modo enraizado que mesmo T. H. Huxley, um dos maiores defensores do darwinismo, compreendendo que não há um fosso biológico entre nós e os outros animais, continua a acreditar nele, resistindo à refutação do especismo. Mas "a resistência à refutação é uma característica distintiva de uma ideologia. Se os fundamentos de uma posição ideológica lhe forem retirados, encontrar-se-ão novas construções ou, então, a posição ideológica permanecerá suspensa, desafiando o equivalente lógico da lei da gravidade" (p. 197).

O capítulo final do livro, "O especismo hoje", apresenta objecções e respostas à causa dos direitos dos animais e alguns dos resultados prometedores a que já se chegou. Diz-se por vezes que os animais não podem ter direitos porque não têm deveres nem entendem o que é ter direitos. Mas os deficientes mentais e os bebés também não têm deveres nem compreendem o que é ter direitos — e no entanto têm direitos. Afirma-se também por vezes que os seres humanos não podem passar sem comer carne; mas isto é pura e simplesmente falso, como o atestam os milhões de vegetarianos saudáveis em todo o mundo. Também se coloca por vezes a questão de saber por que motivo nos devemos coibir de matar os animais para comer, se os animais se matam uns aos outros com o mesmo fim. Mas ninguém acha que podemos matar outros seres humanos para comer, apesar de sabermos que os animais matam seres humanos para comer se tiverem oportunidade de o fazer.

Libertação Animal é uma obra de leitura obrigatória. Pela clareza, seriedade e honestidade. Pelo rigor lógico. Pela inteligência dos seus argumentos. Está de parabéns a Via Optima. E quando uma editora está de parabéns, somos todos nós que ganhamos.

Solos em vários países de África estão repletos de “químicos eternos” que ameaçam ecossistemas e saúde pública



Substâncias poluentes químicas estão a acumular-se nos solos e culturas agrícolas em níveis potencialmente perigosos para os ecossistemas e a saúde pública em vários países africanos.

A revelação é feita por uma investigação publicada este mês na revista ‘New Contaminants’, na qual um grupo de cientistas da China, do Quénia e da Rússia alerta para altas concentrações de ácido perfluorooctanossulfónico (PFOS), integrado na categoria dos poluentes persistentes conhecidos vulgarmente como “químico eternos” devido à sua resistência à degradação, em países como Gana, África do Sul, Quénia e Uganda.

Embora digam que o uso de PFOS tenha sido abandonado em muitas partes do mundo, os investigadores apontam que contaminação histórica, atividades industriais ainda em curso, o processamento de resíduos eletrónicos e descargas de águas residuais, por exemplo, continuam a introduzir essas substâncias nos solos agrícolas africanos.

“O nosso objetivo era chamar a atenção para um desafio ambiental silencioso que tem amplamente passado despercebido em África”, diz, citado em comunicado, Bonface Oginga, primeiro autor do estudo.

“O solo e os sistemas vegetais que suportam a produção de alimentos estão já sob stress. A presença de PFOS acrescenta ainda mais uma camada de pressão que os países não estão devidamente equipados para monitorizar ou gerir”, acrescenta.

A equipa refere que em alguns dos países estudados as lamas resultantes do tratamento de águas residuais contêm altos níveis de “químicos eternos”, pelo que, quando são usadas como fertilizantes agrícolas, esses poluentes entram nas culturas e nos alimentos produzidos. E, a partir daí, podem chegar às populações humanas.

“Compreender como é que os PFOS entram no solo e nas plantas é essencial para avaliar os riscos para as comunidades que dependem da agricultura local”, salienta Fredrick Owino Gudda, coautor do artigo.

No que toca aos impactos ecológicos, os cientistas indicam que a exposição aos PFOS pode afetar as comunidades de microrganismos que vivem e sustentam o bom funcionamento dos solos e interferir negativamente na absorção de nutrientes por parte das plantas. Em regiões onde os solos são já pobres em nutrientes essenciais para as plantas, como fósforo e nitrogénio, a produtividade agrícola pode ser ainda mais reduzida.

Assim, os investigadores apelam aos governos africanos e às respetivas agências ambientais que expandam os seus esforços de monitorização, que adoptem tecnologias avançadas de análise e que reforcem os regulamentos para combater os “químicos eternos”. A par de tudo isso, é imprescindível, argumentam os autores, investir na investigação científica.

“Ao fortalecerem a monitorização, a regulamentação e a investigação, os países africanos podem proteger melhor os seus solos, culturas agrícolas e comunidades face aos riscos de longo-prazo resultantes dos PFOS”, sublinha Chao Qin, que também assina este trabalho.

Sérgio Godinho - A vida é feita de pequenos nadas


[Verso 1]
(Segunda-feira 
trabalhei de olhos fechados 
na terça-feira 
acordei impaciente 
na quarta-feira 
vi os meus braços revoltados 
na quinta-feira 
lutei com a minha gente 
na sexta-feira 
soube que ia continuar 
no sábado 
fui à feira do lugar 
mais uma corrida, mais uma viagem 
fim-de-semana é para ganhar coragem) 

[Refrão]
Muito boa noite, senhoras e senhores 
muito boa noite, meninos e meninas 
muito boa noite, Manuéis e Joaquinas 
enfim, boa noite, gente de todas as cores 
e feitios e medidas 
e perdoem-me as pessoas 
que ficaram esquecidas 
boa noite, amigos, companheiros, camaradas 
a vida é feita de pequenos nadas 
a vida é feita de pequenos nadas 

Somos tantos a não ter quase nada 
porque há uns poucos que têm quase tudo 
mas nada vale protestar 
o melhor ainda é ser mudo 
isto diz de um gabinete 
quem acha que o casse-tête 
é a melhor das soluções 
para resolver situações 
delicadas 
a vida é feita de pequenos nadas 

Repete [Verso 1] e [Refrão]

E o que é certo 
é que os que têm quase tudo 
devem tudo aos que têm muito pouco 
mas fechem bem esses ouvidos 
que o melhor ainda é ser mouco 
isto diz paternalmente 
quem acha que é ponto assente 
que isto nunca vai mudar 
e que o melhor é começar a apanhar 
umas chapadas 
a vida é feita de pequenos nadas 

Ouvi dizer que quase tudo vale pouco 
quem o diz não vale mesmo nada 
porque não julguem que a gente 
vai ficar aqui especada 
à espera que a solução 
seja servida em boião 
com um rótulo: Veneno! 
é para tomar desde pequeno 
às colheradas 
a vida é feita de pequenos nadas 
boa noite, amigos, companheiros, camaradas 
a vida é feita de pequenos nadas.

A música 'A Vida É Feita de Pequenos Nadas', tema do álbum "Pano Crú" (1978) de Sérgio Godinho é uma reflexão poética sobre a rotina diária e as desigualdades sociais. A letra começa descrevendo a semana de trabalho de uma pessoa comum, com dias que se repetem em um ciclo de cansaço e luta. A repetição dos dias da semana simboliza a monotonia e a exaustão do trabalho quotidiano, onde cada dia parece uma batalha a ser vencida.

No refrão, Godinho saúda diversas pessoas, independentemente de suas origens ou condições, e reforça a ideia de que a vida é composta por pequenos momentos e detalhes. Essa saudação inclusiva sugere uma união entre todos, independentemente das diferenças, e destaca a importância de valorizar os pequenos gestos e momentos que compõem a vida.

A música também aborda a desigualdade social, criticando aqueles que possuem quase tudo às custas dos que têm muito pouco. Godinho denuncia a indiferença e a opressão dos poderosos, que preferem silenciar as vozes dos oprimidos. A letra sugere que a mudança é difícil, mas necessária, e que a passividade não é uma solução. A metáfora do 'veneno' servido desde pequeno representa as ideologias e sistemas que perpetuam a desigualdade e a injustiça.

'A Vida É Feita de Pequenos Nadas' é uma canção que mistura crítica social com uma mensagem de esperança e resistência. Sérgio Godinho, conhecido por suas letras engajadas e poéticas, utiliza sua música para provocar reflexão e incentivar a valorização dos pequenos momentos que, juntos, formam a essência da vida.


O Dia Internacional das Montanhas de 2025 destaca as comunidades e os ecossistemas das montanhas do mundo



O Dia Internacional das Montanhas é celebrado em todo o mundo anualmente em 11 de dezembro, e é um dia dedicado ao papel que as montanhas desempenham na manutenção da vida, da cultura e da biodiversidade. As montanhas ocupam aproximadamente 22% da área terrestre da Terra. e são o habitat natural de mais de 1.1 bilião de pessoas em todo o mundo. Elas oferecem rios, alimentos, energia e uma fonte de patrimônio cultural para as populações que vivem tanto em suas encostas quanto em áreas mais afastadas. Este Dia Internacional das Montanhas de 2025 é um momento para lembrar as comunidades de montanha e a natureza que delas dependem; portanto, o foco se volta para a necessidade de sua gestão sustentável para salvar essas áreas delicadas.

Ameaças aos ecossistemas de montanha
Ainda assim, os ecossistemas de montanha estão declinando de forma muito grave em várias partes do mundo. As mudanças climáticas aceleraram o derretimento das geleiras, elas estão recebendo chuvas em épocas nunca antes vistas e estão sofrendo deslizamentos de terra com mais frequência devido ao aquecimento global.

Corte de madeira, extração de minerais e atividades turísticas descontroladas. São exemplos de intervenções humanas que tornam o local ainda mais perigoso para os moradores dessas áreas. fauna e flora da montanha Essas regiões são particularmente vulneráveis, visto que um grande número de espécies está aclimatado a pouquíssimas condições climáticas. É de suma importância que protejamos esses ecossistemas para garantir o abastecimento contínuo de água e o equilíbrio ecológico para milhões de pessoas que vivem rio abaixo.

Comunidades de montanha: a vida em lugares altos
As montanhas não são meramente formações naturais; elas também abrigam civilizações e meios de subsistência distintos. Normalmente, comunidades indígenas e rurais Eles se dedicam à agricultura, à pecuária e ao turismo como fontes de renda. No entanto, estão na linha de frente para sofrer os impactos negativos das mudanças ambientais.[Fonte]

Neste dia, os eventos e projetos giram principalmente em torno do tema de equipar os habitantes com os meios de sobrevivência através da implementação de práticas ecologicamente corretas e do uso de energia renovávele a oferta de educação.

Aumentar a Conscientização e a Ação
O Dia Internacional das Montanhas de 2025 é uma oportunidade para aumentar a conscientização e agir em prol da conservação e do desenvolvimento sustentável de áreas de alta altitude. Muitas organizações promovem a data realizando workshops, organizando mutirões de limpeza comunitários, fornecendo informações educativas e patrocinando atividades de aventura para conectar as pessoas a essas paisagens majestosas. Este dia promove a colaboração global e o apoio mútuo para ajudar a garantir a prosperidade das montanhas. comunidades montanhosas e ecossistemas saudáveis.

Ao celebrarmos este dia, lembramos da importância das montanhas para a vida, a cultura e a regulação do clima da Terra, e que, ao protegê-las, podemos ajudar a garantir que as pessoas e os ecossistemas prosperem nas montanhas do mundo para as gerações futuras.

Frank Koebsch


Frank Koebsch (pintor Alemão, nascido em 1960)- Árvores curvadas pelo vento em Müllerweg – Praia Oeste de Darß
As suas obras normalmente retratam paisagens, cenas da natureza e motivos regionais, especialmente da região de Mecklenburg-Vorpommern e da costa do Mar Báltico (Ostsee). 

Koebsch trabalha com uma sensibilidade pela luz, atmosfera e detalhes do quotidiano, usando técnicas que incluem aquarela e pastéis, frequentemente em obras que capturam cenários naturais e elementos da paisagem norte-alemã. 

Inicialmente trabalhou em carreiras técnicas e só mais tarde resolveu dedicar-se profissionalmente à arte (a partir de cerca de 2011 passou a viver como artista, curador e instrutor). 

Além de produzir suas obras, Frank organiza cursos de aquarela, viagens de pintura e festivais ao ar livre (“plein air”), especialmente focados em aquarela.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Dia Internacional dos Direitos Humanos e Dia Internacional dos Direitos dos Animais


O astronauta da NASA Ron Garan, que passou 178 dias no espaço, afirma que a humanidade está “vivendo uma mentira” após ver, com os próprios olhos, a fragilidade da Terra e vivenciar o profundo Efeito Perspectiva (Overview Effect).

Ao observar o planeta da órbita, Garan percebeu como nossas prioridades estão invertidas: colocamos a economia em primeiro lugar e o planeta por último, mesmo sabendo que a fina atmosfera da Terra é a única barreira que protege toda a vida. Para ele, a verdadeira ordem de importância deveria ser: Planeta → Sociedade → Economia, já que sem uma Terra saudável, nem as pessoas nem os sistemas conseguem sobreviver.

Ele descreve a “mentira” como a ilusão da separação — a falsa crença de que somos divididos por nações, políticas ou identidades. Na realidade, segundo Garan, somos uma única família humana compartilhando um lar frágil. Sua mensagem é um apelo urgente por união, consciência e sustentabilidade, antes que seja tarde demais.

Just 0.001% hold three times the wealth of poorest half of humanity, report finds


Fewer than 60,000 people – 0.001% of the world’s population – control three times as much wealth as the entire bottom half of humanity, according to a report that argues global inequality has reached such extremes that urgent action has become essential.

The authoritative World Inequality Report 2026, based on data compiled by 200 researchers, also found that the top 10% of income-earners earn more than the other 90% combined, while the poorest half captures less than 10% of total global earnings.

Wealth – the value of people’s assets – was even more concentrated than income, or earnings from work and investments, the report found, with the richest 10% of the world’s population owning 75% of wealth and the bottom half just 2%.

In almost every region, the top 1% was wealthier than the bottom 90% combined, the report found, with wealth inequality increasing rapidly around the world.

“The result is a world in which a tiny minority commands unprecedented financial power, while billions remain excluded from even basic economic stability,” the authors, led by Ricardo Gómez-Carrera of the Paris School of Economics, wrote.

The share of global wealth held by the top 0.001% has grown from almost 4% in 1995 to more than 6%, the report said, while the wealth of multimillionaires had increased by about 8% annually since the 1990s – nearly twice the rate of the bottom 50%.

The authors, one of whom is the influential French economist Thomas Piketty, said that while inequality had “long been a defining feature of the global economy”, by 2025 it had “reached levels that demand urgent attention”.

Reducing inequality was “not only about fairness, but essential for the resilience of economies, the stability of democracies, and the viability of our planet”. They said such extreme divides are no longer sustainable for societies or ecosystems.

Produced every four years in conjunction with the United Nations Development Programme, the report draws on the biggest open-access database on global economic inequality and is widely considered to shape international public debate on the issue.

In a preface, the Nobel prize-winning economist Joseph Stiglitz repeated a call for an international panel comparable to the UN’s IPCC on climate change, to “track inequality worldwide and provide objective, evidence-based recommendations”.

Looking beyond strict economic inequality, it found that inequality of opportunity fuels inequality of outcomes, with education spending per child in Europe and North America, for example, more than 40 times that in sub-Saharan Africa – a gap roughly three times greater than GDP per capita.

Such disparities “entrench a geography of opportunity”, it said, adding that a 3% global tax on fewer than 100,000 centimillionaires and billionaires would raise $750bn a year – the education budget of low and middle-income countries.

Inequality was also fuelled by the global financial system, which is rigged in favour of rich countries, the report said, with advanced economies able to borrow cheaply and invest abroad at higher returns, allowing them to act as “financial rentiers”.

About 1% of global GDP flows from poorer to richer countries each year through net income transfers associated with high yields and low interest payments on rich-country liabilities, it said – almost three times the amount of global development aid.

On gender inequality, the report said a gender pay gap “persists across all regions”. Excluding unpaid work, women earn on average only 61% of what men earn per working hour. Including unpaid labour, that figure falls to just 32%, it added.

The report also highlighted the critical role played by capital ownership in the inequality of climate-changing carbon emissions. “Wealthy individuals fuel the climate crisis through their investments even more than their consumption and lifestyles,” it said.

Global data shows the poorest half of the global population accounts for only 3% of carbon emissions associated with private capital ownership, the report calculated, while the wealthiest 10% account for about 77% of emissions.

“This disparity is about vulnerability,” it said. “Those who emit the least, largely populations in low-income countries, are also those most exposed to climate shocks. Those who emit the most are more insulated against the impacts of climate change.”

The evidence shows that inequalities can be reduced, particularly by public investment in education and health and by effective taxation and redistribution programmes. It notes that in many countries, the ultra-rich escape taxation.

“Effective income tax rates climb steadily for most of the population, but then fall sharply for billionaires and centimillionaires,” the report said. Proportionately, “these elites pay less than most of the households that earn much lower incomes”.

Reducing inequality is a political choice made more difficult by “fragmented electorates, under-representation of workers, and the outsized influence of wealth”, it concluded. “The tools exist. The challenge is political will.”

Greve Geral e Manifestação - é já amanhã


Se os patrões vão perder quase 800 milhões de euros por causa da greve, isso quer dizer que os trabalhadores que a fizerem produzem essa riqueza toda num dia só? E quanta dessa riqueza lhes cabe? Uma migalha? Duas?

De tanto quererem denegrir a greve, os patrões estão a abrir demais o jogo. Afinal, os trabalhadores são capazes de lhes fazer mais falta do que eles aos trabalhadores.

Saber mais:

Darkwood - Vieil Armand


[strophe 1]
im osten frankreichs, da steht ein kreuz aus stein
birgt einen schläfer, hier am wiesenrain
lausch meiner weise, komm, mein fremder, komm:
“les grands champs de bataille du vieil armand”

[refrain]
nach hundert jahren weiß keiner mehr
das leben ist das leben wert
dein schweigen raunt durch alle zeit
wir mahnen fort, sind wohl bereit

[strophe 2]
im süden belgiens steht eine frau aus stein
mit off’nen armen lädt sie zum verweilen ein
und in der ferne hör ich ein leises lied:
“aux citoyens de mons morts pour la patrie”

[refrain]
nach hundert jahren weiß keiner mehr
das leben ist das leben wert
ihr schweigen raunt durch alle zeit
wir mahnen fort, sind wohl bereit

[strophe 3]
ein goldner sommer erfüllt nun unser herz
jedoch auf jedem feld, da weht ein hauch von schmerz
mohnblumen stehen hier am wegesrand
in diesen weiten haben wir erkannt:

[refrain]
nach hundert jahren weiß keiner mehr
das leben ist das leben wert
ihr schweigen raunt durch alle zeit und jedes lied:
“nous prévenons, nous prévenons, nous sommes perdus!”

Esta música remete fortemente ao local real chamado Hartmannswillerkopf — também conhecido como “Vieil-Armand” —, um monte nas montanhas dos Vosges, na Alsácia, palco de uma violenta batalha durante a Primeira Guerra Mundial.
A dureza dos combates, o terreno montanhoso, o clima rigoroso e o alto número de baixas deram-lhe o apelido de “a montanha que devora homens” (ou “Man-Eater Mountain”)
Hoje, Hartmannswillerkopf / Vieil-Armand é um memorial: existem criptas, ossuário, túmulos e monumentos em homenagem aos soldados mortos, além de trilhos que percorrem as antigas trincheiras.

Significado da canção
  1. Memória e luto histórico: a música parece querer preservar a lembrança dos soldados caídos, resistindo ao esquecimento. A letra lamenta que “depois de cem anos ninguém mais sabe” — ou seja, a maioria das vítimas e sacrifícios foram esquecidos com o tempo.
  2. Crítica ao horror da guerra e à futilidade da morte em massa: ao associar “paz”, “vida” e “silêncio eterno”, a canção transmite o absurdo da guerra — vidas perdidas, dor repetida, paisagens marcadas por destruição.
  3. Reflexão sobre sacrifício e memória coletiva: usar o nome real de um campo de batalha famoso dá peso simbólico; transforma a música numa homenagem histórica, quase ritualística — um lembrete de que muitas mortes anônimas moldam a história e, sem memória, correm o risco de serem apagadas.
  4. Ligações com identidade, dor e natureza: Darkwood, conforme descrito por fãs e sites, costuma lidar com “temas históricos ou psicológicos”, traumas de guerra, a influência de eventos extremos na psique individual — hanseando entre passado, tradição, natureza e tragédia. 
Conclusão
“Vieil Armand” não é apenas uma canção, mas um memorial sonoro. Através da evocação de um local real marcado por uma das batalhas mais brutais da Primeira Guerra Mundial, a música tenta manter viva a memória dos que morreram — uma mistura de lamento, homenagem e aviso. É um acto de lembrança contra o esquecimento, com forte carga emocional, melancólica e histórica.

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Morreu a escritora e bióloga Clara Pinto-Correia


A escritora e bióloga Clara Pinto Correia foi encontrada sem vida. O presidente da República lamentou a morte da autora e recordou a sua "inteligência" e "brilho".

Clara Pinto Correia morreu aos 65 anos, confirmou esta terça-feira a Editora Exclamação que publicou o seu último livro, Antares, em junho do ano passado.

Segundo o Correio da Manhã, a bióloga, escritora e professora universitária foi encontrada morta em casa em Estremoz esta manhã.

O Presidente da República já apresentou “os seus afetuosos sentimentos” à família, amigos e admiradores de Clara Pinto Correia e disse ter ficado “consternado pela sua partida prematura”.

“Clara Pinto Correia juntava à alegria de viver, uma inteligência e um brilho que se expressaram na intervenção oral e escrita, no magistério científico e na comunicação com os outros”, lê-se numa nota no site da Presidência. Clara Pinto Correia era licenciada em Biologia e doutorou-se em Biologia Celular.

“Não deixou nunca ninguém indiferente. Daí o sentido de ausência por todos partilhado neste momento”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

Clara Pinto-Correia é a autora do romance Adeus Princesa, publicado aos 25 anos e com o qual ganhou notoriedade.

Destacou-se tanto ao nível das ciências, como da literatura, tendo ainda sido cronista, jornalista, apresentadora e até atriz, no filme "Kiss me" (2004), de António Cunha Telles. E algumas polémicas.

A autora Clara Pinto Correia esteve presente no podcast «Mesa para Dois» da Antena 1 - RTP. O foco da conversa com João Gobern foi a obra «Antares», mas também a vida da autora enquanto escritora e jornalista.

A autora foi também entrevistada na Prova Oral, de Fernando Alvim.


Tertúlias célebres
Que morte tão prematura. Os meus sentidos pêsames à família e amigos.

Chen-Wen Cheng


Chen-Wen Cheng (aquarelista de Taiwan, nascido em 1957) - "Follow you", 2024   
O seu estilo é reconhecido por uma abordagem delicada e detalhada na pintura, com foco em capturar a essência das paisagens, da natureza e da vida quotidiana. Ele é amplamente admirado pelas suas habilidades técnicas excepcionais e pela capacidade de usar a aquarela de maneira inovadora, misturando realismo com toques de abstracção.
A obra de Chen-Wen Cheng costuma ser caracterizada pela fusão entre a precisão dos detalhes e uma sensibilidade expressiva, que são típicas da aquarela. Ele também utiliza um processo gradual de camadas finas de tinta, o que permite que a obra ganhe profundidade e luminosidade.
Além de ser um artista respeitado, Chen-Wen Cheng também é um professor e contribui activamente para a promoção e ensino da técnica de aquarela. Ele é frequentemente convidado para exposições internacionais e workshops, onde compartilha o seu conhecimento com outros artistas.